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DIA NACIONAL DA BAIANA DE ACARAJÉ

Lei publicada no Diário Oficial da União institui 25 de novembro como o Dia Nacional da Baiana de Acarajé. A data será comemorada anualmente.
Baiana do acarajé é como são chamadas as mulheres que se dedicam à profissão de vendedora de acarajé e outras iguarias da culinária baiana. Elas conseguiram a regularização da profissão.
A comercialização do acarajé, segundo diversos pesquisadores, teve sua origem no período colonial brasileiro, quando as escravas de ganho, de aluguel ou ganhadeiras – que trabalhavam nas ruas para suas patroas – iam pela cidade vendendo mercadorias em seus tabuleiros, como mingaus, peixes fritos, acarajé, abará, bolos, especialmente em cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
No século XIX, a maioria das mulheres brancas só exercia atividades domésticas. Quando eram obrigadas a complementar o orçamento familiar, bordavam, costuravam e faziam doces e outros quitutes para serem vendidos pelas ruas nos tabuleiros das ganhadeiras, que geralmente formavam grupos no centro das cidades, de acordo com a etnia, utilizando algumas esquinas que eram chamadas de “cantos”.
As escravas de ganho eram obrigadas a pagar certa quantia aos seus proprietários, podendo ficar com o resto do que arrecadavam. Esse comércio de rua proporcionou a muitas o sustento de suas famílias e, até em alguns casos, a compra de sua própria liberdade, usando os lucros a que tinham direito.
O ofício contribuiu também para a criação de irmandades religiosas e do candomblé. Grande número de filhas de santo iniciou a venda do acarajé para cumprir obrigações religiosas, que teriam que ser renovadas periodicamente.
Mesmo após o fim da escravidão, a venda do acarajé continuou como uma fonte de renda importante para muitas mulheres brasileiras afro-descendentes, sendo também uma das principais fontes de recursos dos terreiros de candomblés, através do trabalho das suas filhas de santo.
Seus trajes típicos, originários das etnias nagô-iorubá, para alguns pesquisadores, e de Daomé para outros, não sofreram muitas transformações: saias rodadas, batas de algodão, panos da costa (pedaço de pano geralmente retangular, branco ou de duas cores, usado sobre os ombros e tendo como principal função distinguir a posição feminina nas comunidades afro-brasileiras), turbantes, fios de contas e outros adereços como colares com as cores dos seus orixás, pulseiras e balangandãs (berloques com a imprescindível figa).
Enciclopédia Nordeste: Dia Nacional da Baiana de Acarajé -http://goo.gl/GL7eDO
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